domingo, 1 de enero de 2012

Leila desde Brasil

Querem as tradições que se deseje felicidade às pessoas em algumas datas especiais. Uma delas, o Ano Novo. Desde pequena achava que felicidade pode se desejar todo dia e que cada noite dos dias de um ano também são um fim e um começo. Mas gostava de ver o entusiasmo de meu pai a contar os últimos minutos que faltavam para o ano mudar. Ontem estava com alguns amigos de meu filho na casa dele. E lá era impressionante a quantidade de fogos que víamos pela janela. Fogos me entristecem. Não gosto dos estrondos. As luzes no céu parecem passar por cima da tristeza e iludir que ela não existe. Un momento de euforia que só a torna mais evidente para mim. E sujam o ar e espantam os pássaros. Não gosto mesmo. Mas o vinho era bom e a companhia também. Aqui hoje o tempo está um pouco coberto e um vento forte varre o ar.  Quase meio-dia e tudo parece ainda dormir. Não passam carros e o comércio fechado deixa as pessoas em casa. As folhas arrancadas das árvores viravolteiam no ar. Que paz! Vejo alí passar uma velha mulher com seu cachorro. Quando a conheci andava normalmente. Agora o cachorro dá um passo e se senta para esperar por ela que avança com dificuldade apoiada em uma bengala. Marcante imagem para o dia de um ano que começa. Será que o ano começa para todos?
Leila

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